O Tempo Não Para

Em “Reencontrando a Felicidade”, Nicole Kidman recupera a velha forma.

Os americanos usam o termo “closure” algo como conclusão ou fechamento, para descrever o fim do período de luto e a continuidade da vida. Reencontrando a Felicidade (Rabbit  Hole, Estados Unidos, 2010) lida com a delicada fase entre o momento mais doloroso da perda e o inevitável recomeço da vida de um casal oito meses após a morte do filho. 

Becca (Nicole Kidman) e Howie (Aaron Eckhart de O Cavaleiro das Trevas) precisam encontrar forças para seguir vivendo e manter o casamento, abalado pela perda. O dia a dia do casal é marcado pela tentativa de retomar a normalidade. Para Becca, a idéia de voltar a ser feliz é uma traição à memória do filho de quatro anos morto acidentalmente em um atropelamento por Jason (Miles Teller). 

Em Reencontrando a Felicidade, Nicole Kidman mostra o talento e a entrega vista em filmes como As Horas e Os Outros, ambos lançados em 2002, sem o óbvio excesso de botox visto em suas recentes atuações em Nine (2009) e Austrália (2008).

Mas a atuação mais convincente do filme fica com o jovem Miles Teller, cujo personagem, embora jovem, tem que lidar com um grande sentimento de culpa.

O que os personagens de Reencontrando a Felicidade aprendem ao longo do filme é que não se pode controlar o luto ou o closure, apenas o tempo pode amenizar feridas.

Chapeuzinho Vermelho Cresceu

“A Garota da Capa Vermelha” segue a mesma linha gótica da versão
de Branca de Neve intitulada “A Floresta Negra”.

A versão mais famosa do conto “Chapeuzinho Vermelho” ainda é a dos Irmãos Grimm, em que a menina salva sua avó do Lobo mau. Mas o conto tem sua origem no Feudalismo, em que os pais diziam para as filhas não saírem de casa por causa do Senhor Feudal, que tinha direito de ser o primeiro parceiro sexual das jovens.
Os Irmãos Grimm adaptaram a história com a moral que as crianças devem sempre ouvir os adultos. E essa é a versão que perdurou até hoje, inclusive com uma animação da Disney de 1922.Amanda Seyfried é a protagonista do filme.
Chega aos cinemas o suspense “A Garota da Capa Vermelha”, uma versão obscura do conto, que se inspira mais no conto original do que na versão dos Irmãos Grimm. A adaptação segue a linha de “Alice no País das Maravilhas” de Tim Burton, e o gótico “A Floresta Negra”, baseado no conto de Branca de Neve, em que as protagonistas não são mais crianças, mas jovens moças.
“A Garota da Capa Vermelha”, conta a história da jovem Valerie (Amanda Seyfried, de Mamma Mia! e Cartas para Julieta) que vive em um vilarejo aterrorizado por um misterioso lobisomem. Os pais da garota querem que ela se case com o homem rico do vilarejo, Henry (Max Irons), mas ela é apaixonada por Peter (Shiloh Fernandes) e os dois pretendem fugir da vila para ficarem juntos.
Só que quando a irmã mais velha de Valerie é assassinada pelo lobisomem, ela acaba entrando em uma misteriosa trama.
O filme é dirigido por Catherine Hardwicke, mesma diretora de Crepúsculo, que tenta trazer para esse filme o mesmo teor de romance e tensão sexual do primeiro filme da saga de vampiros, mas peca na superficialidade, más atuações e um roteiro fraco. A atriz Amanda Seyfried não consegue se firmar como a protagonista nas cenas em que é mais exigida.

Monica Keena como Branca de Neve.O teor de suspense e terror da trama lembra à do filme “A Floresta Negra”, lançado em 1997, com Sigourney Weaver e Sam Neil. Baseada no conto “Branca de Neve e os Sete Anões”, é a história de Lilli Hoffman (interpretada por Monica Keena), que aos dezesseis anos se torna uma linda jovem provocando a inveja e o ódio de sua madrastra(Weaver, indicada ao prêmio Emmy pelo papel).
“A Floresta Negra” consegue transmitir suspense, o terror e a sensualidade que “A Garota da Capa Vermelha” tenta, mas não consegue.

Lançamento de Harry Potter e as Relíquias da Morte em DVD e Blu-ray.

(texto com spoilers)

Uma das aventuras mais longas da história do cinema está perto do fim.
O filme Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1 acaba de ser lançado em DVD e Blu-ray, restando apenas a última parte da saga que levou mais de 85 milhões de pessoas aos cinemas do mundo todo ao longo de nove anos.

Para o público que só acompanha os filmes, é apenas uma história de aventura. Os filmes nunca exploraram a fundo o desejo de Harry em ter uma família, nem os abusos que sofria nas mãos de seus parentes.
Assuntos atuais como abuso infantil e bullying fizeram parte dos livros de J.K Rowling, entretanto foram deixados de lado nos filmes.
Os leitores de Harry Potter sabem que não é apenas a saga de um menino que descobre uma sociedade de magos e bruxas escondida entre o mundo dos “trouxas”, ou pessoas sem magia.
Harry é o herói que nunca teve infância, sem figuras paternas ou maternas e que em certo ponto da saga descobre que Albus Dumbledore, uma das pessoas em que mais confiava, na realidade estava usando-o com a justificativa  de que os sacrifícios do feiticeiro são para o “bem maior”.


E todo esse drama se culmina no último livro, dividido em duas partes para as telas. Tudo leva a crer que Harry será mais um herói trágico.
Relíquias da Morte, o filme, é recomendado para jovens e o público que prefere filmes de ação e aventura.
Para quem nunca leu os livros, a pressa e o foco em cenas de ação não incomoda muito. Contudo para quem acompanha os livros há anos e tinha uma grande expectativa, é um pouco decepcionante, assim como o filme anterior da saga Harry Potter e o Enigma do Príncipe, que apesar de ter recebido elogios de críticos ao redor do mundo, pecou pela superficialidade do enredo. O que falta em as Relíquias é justamente conseqüência  do que  faltou em O Enigma do Príncipe- um aprofundamento maior na história e a exploração de personagens importantes para a reta final da saga.
O sexto filme certamente merecia ter sido dividido em duas partes. Talvez assim o público que somente acompanha as aventuras do mago nos cinemas poderia entender melhor o desfecho de alguns personagens em Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2, que será lançado em julho nos cinemas.

Pingo, o anjinho terrível

O Pingo, que eu gostaria que se chamasse Wolfie por causa do jeito de lobo que ele tem, foi abandonado na porta de uma Igreja em Guarulhos, São Paulo.
Ele não é um filhote comum. A brincadeira preferida dele é morder. E nessa brincadeira ele é muito bom. Todos são participantes-humanos e os outros cachorros. Já perdi a conta do número de mordidas que levei,por vezes acompanhadas por arranhões e roupas rasgadas.
Ainda que temperamental, a carinha de anjo que ele tem, faz com que todos em casa o adorem.

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Também vai ver fotos que eu acho interessante publicar.

Boa leitura 🙂